Futuro secretário de Agricultura afirma que maior desafio será escoamento da produção
A Superintendência de Agricultura da Secretaria Estadual de Desenvolvimento (SED) está realizando um diagnóstico dos principais pontos críticos para o escoamento da produção de grãos 2018/19, especialmente milho e soja, cuja colheita deve começar no fim de janeiro. O levantamento das condições das rodovias contou com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), de acordo com o futuro secretário Estadual de Agricultura e atual superintendente de Agricultura da SED,Antônio Carlos de Souza Lima Neto. “Estamos fortalecendo parcerias com as prefeituras e a Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop) no intuito de demonstrar a importância da manutenção das estradas para, consequentemente, dar condições para que a safra seja escoada a partir do fim do mês de janeiro”, afirmou o superintendente. Segundo ele, o diagnóstico mostra os pontos com necessidade imediata de apoio na manutenção das rodovias. De acordo com o 3º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção da safra de grãos 2018/19 em Goiás deve aumentar 8,3%, de 21,2 milhões de toneladas para 23 milhões de toneladas. A produtividade também será maior, 5,7%, assim como a área plantada, com variação positiva de 2,5% e salto de 5,3 milhões de hectares para 5,4 milhões de hectares. A Secretaria Estadual de Agricultura será criada com a reforma administrativa do Governo de Goiás. Para o futuro titular da pasta, uma das metas é fortalecer os arranjos produtivos locais. Antônio Carlos reforça a importância do agronegócio, que de janeiro a outubro de 2018 representou 24% do saldo positivo de 44 mil empregos formais gerados no Estado, de acordo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Leia a entrevista: Qual será a primeira ação em relação à safra de grãos nas regiões Sul, Sudeste e Sudoeste de Goiás? Nosso maior desafio neste momento é o escoamento da produção da safra de grãos que vem por aí. O governador Ronaldo Caiado tem discutido conosco, o setor produtivo e os responsáveis, a exemplo da Agetop, a preocupação com o escoamento da safra e a condição das estradas por onde ela passará. Então nós já estamos realizando um diagnóstico e com uma ação imediata certamente buscaremos fortalecer todas as parcerias necessárias para que tenhamos boas condições de tráfego. E qual é a importância desta safra para a economia goiana? A colheita da safra 2019, plantada em 2018, tem uma representatividade considerável. Nós somos um grande produtor de grãos e parte dessa produção é beneficiada dentro do Estado de Goiás, consequentemente agregando valor à industrialização. Parte é exportada para os demais estados e para fora do país. É importante mencionar a representatividade do nosso agronegócio no saldo da balança comercial. Para termos uma ideia, segundo dados de janeiro a novembro de 2018, 83% de tudo que foi exportado por Goiás é proveniente do agronegócio, com uma receita superior a US$ 5,3 bilhões. Como devem ser os resultados desta safra? Temos expectativa de crescimento da área plantada. Chegaremos a aproximadamente 5,4 milhões de hectares, com aumento em relação à safra anterior. Atingiremos uma safra provavelmente de 23, 24 milhões de toneladas. Isso realmente demonstra a importância que a produção de grãos representa para nosso Estado.
  • Data: 11/01/2019
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