Países europeus já sentem prejuízos da falta de caminhoneiros
Em países desenvolvidos, como Estados Unidos e da Europa, há uma crescente falta de mão-de-obra para vários tipos de serviço de base, como para o setor de transporte. A alta escolaridade dos cidadãos, aliada a baixa remuneração desse tipo de serviço afasta possíveis candidatos das vagas e o problema é crescente. De acordo com um relatório fornecido pela União Europeia dos Transportadores Rodoviários (UETR), apenas na França, Itália e Espanha faltam mais de 50 mil caminhoneiros. Entre esse países, França lidera a busca por motoristas com 23 mil vagas abertas, Itália com 15 mil e Espanha com 12 mil vagas. Essa falta de profissionais deixa muitos caminhões parados em frotas por toda a Europa, o que impacta os valores de frete, aumentando os custos de transporte e mexendo com as economias dos países europeus. A falta de motoristas é tão grave, que até mesmo países da Europa Oriental, mais próximos à Rússia, que eram exportadores de mão-de-obra para outros países, já estão registrando falta de motoristas profissionais. O problema teria solução se os candidatos à empregos se interessassem por esse tipo de trabalho. Na Espanha, de acordo com o Serviço de Emprego Federal, há cerca de 23 mil pessoas procurando emprego que estão aptas a trabalhar com caminhões. Para outra grande fatia dos desempregados falta apenas a carteira de motorista profissional. LEIA MAIS Expresso Palmares tem vagas para motoristas de ônibus no Rio Grande do Sul Porém, devido aos salários, considerados baixos, tempo fora de casa, riscos inerentes à profissão e outros pontos negativos, essas pessoas preferem esperar por outra oportunidade em outras áreas. Entidades, empresas de transporte e governos tem tido reuniões recorrentes para tentar resolver o problema, buscando oferecer treinamento, salários melhores e outros benefícios para os motoristas mais jovens, que não tenham experiência, ingressarem na profissão. Ex-caminhoneiros, porém, se negam a voltar ao trabalho com transporte, pois dizem que as empresas não pagam salários decentes para os motoristas, que foram reduzidos há alguns anos devido à crise financeira dos países europeus. De acordo com eles, um salário justo para um profissão tão dura quanto a de caminhoneiro seria o melhor chamariz para novos motoristas e antigos caminhoneiros, que gostam da estrada, mas não conseguem dar uma vida digna à suas famílias. LEIA MAIS Bandidos que filmaram roubo a caminhão são presos em Caxias do Sul O salário médio para um caminhoneiros na Espanha, em rotas curtas e médias, varia de 1.400 a 1.800 Euros (cerca de R$ 6.500 a R$ 8.500) por mês. Motoristas rodoviários, que fazem rotas longas, muitas vezes viajando entre países da união europeia chegam a ganhar até 2.700 euros, que dá cerca de R$ 12.600 por mês, em conversão direta. No momento, esses países não tem nenhum tipos de programa de importação de mão-de-obra, mesmo havendo interesse de candidatos da América do Sul em ingressarem na profissão nesses locais. Fonte: Blog Do Caminhoneiro
  • Data: 01/10/2018
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