Número de acidentes com caminhões nas rodovias federais cai; mortes aumentam
O Atlas da Acidentalidade 2018 traz um panorama geral dos acidentes de trânsito nas rodovias federais do País e revela que em 2017 o total dos acidentes envolvendo todos os tipos de veículos foi de 89.396. Desses, em 27,45% (24.547) teve o envolvimento de caminhões. Em relação ao número de feridos graves no mesmo período, houve uma redução de 12,4%, totalizando 4.371, se comparado com 2016, quando registrou 4.990. As principais causas e seus respectivos índices médios de gravidade são: ultrapassagem indevida (7,1); desobediência à sinalização (6,5); velocidade incompatível e ingestão de álcool (5,7) e dormindo (5,4). Desde 2011, observa-se uma tendência de queda no número médio de mortos por dia, em acidentes envolvendo caminhões. Essa tendência tem permanecido estável nos últimos 3 anos, com 7 mortes/dia. O portal mostra, ainda, os cinco trechos de rodovias federais que em 2017 apresentaram maior índice de periculosidade em acidentes com caminhões, indicando o número de veículos envolvidos, o número de vítimas e as principais causas. Nessas localidades foram registrados 264 acidentes no total, envolvendo 773 pessoas, que resultaram em 56 mortes. Piores Trechos Os dois trechos que ocupam as primeiras posições estão na BR 101, que corta o Brasil pelo Litoral. Do km 335 ao 344, em Guarapari, no Espírito Santo e do km 205 ao 214; no município de São José, região metropolitana de Florianópolis, sem Santa Catarina. No trecho inserido no estado capixaba ocorreram 12 acidentes, envolvendo 14 caminhões, com 76 pessoas envolvidas e 22 óbitos. A principal causa dos acidentes foi a velocidade incompatível com a via. Já no trecho catarinense, foram registrados 120 acidentes, com 345 pessoas envolvidas, que resultaram em 8 óbitos. Ao todo, 136 caminhões estavam envolvidos. Entre as causas estão a falta de atenção do condutor e do pedestre, não guardar distância de segurança, pista escorregadia e velocidade incompatível. O terceiro colocado é o trecho do km 0 ao 9, na BR-277, em Paranaguá, litoral do Paraná, com 63 acidentes, envolvendo 74 caminhões, 148 pessoas, ocasionando 5 óbitos. A principal causa foi a falta de atenção. Figura na quarta posição, o km 23 ao 32, na BR-40, em Luziânia, no estado de Goiás, com 10 acidentes, com 10 caminhões envolvidos, 38 pessoas e 15 mortos. A desobediência à sinalização encabeça as causas de acidentes nesse trecho, seguida de defeito na via, não guardar distância de segurança, mal súbito, falta de atenção do pedestre e ultrapassagem indevida. Na última posição está o km 5 ao 14, na BR-135, em São Luís, no Maranhão, com 59 acidentes, 67 caminhões envolvidos, 166 pessoas e 6 mortos. “Os números de acidentes envolvendo caminhões ainda são preocupantes e revelam um problema que precisa ser enfrentado por toda a sociedade. É preciso que a cadeia do Transporte Rodoviário de Cargas continue trabalhando fortemente para criar uma cultura da segurança no trânsito, com ações que efetivamente contribuam para reduzir os riscos de acidentes (treinamento comportamental aos motoristas, jornadas e manutenções adequadas, por exemplo), diz Anaelse Oliveira, coordenadora do Programa Volvo de Segurança no Trânsito (PVST). Principais Dias e horários dos acidentes Em 2017, o dia em que mais ocorreram acidentes com envolvimento de caminhões foi segunda-feira, com 17% do total. Porém, os mais graves ocorreram quarta-feira, ocasionando 179 mortes por mil acidentes. Os horários em que ocorreram o maior número de acidentes com envolvimento de caminhões correspondem ao período das 15h às 18h (23,5%). Já os acidentes mais graves, que tiveram o maior número de mortes por mil acidentes, correspondem ao período das 19h às 21h (517 mortes).
  • Data: 26/09/2018
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