Grupo que roubava caminhões em MT, vendia carga e tinha até "desmanche próprio" em SP é preso em MS

Seis presos, placas adulteradas e até a apreensão de um bloqueador, para impedir o sinal de rastreadores de caminhões, além de extensa movimentação financeira. Este é o balanço da operação deflagrada pela Polícia Civil, com a intenção de capturar os envolvidos de uma organização criminosa que roubava caminhões. Após pouco mais de um ano de investigação, houve o cumprimento dos mandados e todo o material começa a ser encaminhado para perícia, nesta quarta-feira (19).

"Nós prendemos 2 que faltavam e realizamos as buscas em quatro endereços. Um deles, por exemplo, encontramos o equipamento para impedir sinal do caminhão, além de boletos e comprovantes da movimentação financeira que tinham para pagar os demais envolvidos. Eles vão responder por organização criminosa, roubo qualificado e lavagem de dinheiro", afirmou ao G1 o delegado Pablo Reis, titular da delegacia de Eldorado, a 435 km de Campo Grande.

Nessa terça-feira (18), houve o interrogatório. Os envolvidos negaram os crimes. No entanto, a investigação aponta que eles roubavam caminhões no Mato Grosso ou então ficavam em "pontos estratégicos", aguardando a chega do veículo para encaminhá-lo ao Paraguai. Antes de deflagrar a 2ª fase, a polícia já tinha efetuado a prisão de 4 pessoas.

Suspeitos de integrar organização criminosa foram presos em Eldorado, MS — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Suspeitos de integrar organização criminosa foram presos em Eldorado, MS — Foto: Polícia Civil/Divulgação

"Uma parcela ficava na cidade de Eldorado para receber o caminhão roubado e levar para fronteira. No flagrante que fizemos em junho do ano passado, inclusive localizamos a vítima ainda em cativeiro e o caminhão foi recuperado. Eles continuaram a ser investigados e constatamos que outra estratégia era chegar até um posto de combustível, perto de uma rodovia em Mundo Novo. Lá, outro criminoso assumia a direção e levava para o Paraguai, por Japorã", ressaltou o delegado Thiago Lucena, que também participou da operação.

Ainda conforme Lucena, a quadrilha era extremamente organizada com batedor, motorista, presos que "encomendavam" o crime e assaltantes que abordavam as vítimas. Outro fato apurado pela polícia é que os carros eram roubados não somente em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, mas, também em outros estados da federação. Em seguida, a carga deles era repassada no mercado negro e os carro encaminhados a La Paloma, no Paraguai, ou então para desmanches, em São Paulo.

Fonte: G1

  • Data: 21/09/2018
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