Volume de cargas tem danificado o asfalto, diz governo

O Governo do Estado estuda baixar um decreto para tentar limitar o excesso de cargas transportadas pelas rodovias de Mato Grosso e que acabam deteriorando o pavimento asfáltico de forma mais rápida, além de promover grande atoleiros nas estradas de chão.

Com uma malha de pouco mais de 20 mil quilômetros de estradas de chão e outros 5 mil km de pavimentos, somados ao alto nível das chuvas deste ano, uma verdadeira crise se instalou em diversas regiões do Estado e que já provocam o desabastecimento por falta de trafegabilidade nas rodovias federais, estaduais e municipais.

A idéia não é nova, mas acabou abandonada, mas diante da falta de instrumentos de fiscalização como balanças e do excesso de peso dos conhecidos treminhão e bitrem, que são carretas com cerca de 80% a mais de capacidade de transporte dos que os antigos caminhões, a situação das estradas pavimentadas se deteriorou rapidamente, assim como os atoleiros também por causa do volume de água das chuvas.

O secretário de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana, Cinésio Oliveira, disse que emergencialmente as equipes do Governo do Estado estão realizando trabalhos de recuperação de pavimento asfáltico e o Estado em parceria com alguns municípios está promovendo a recuperação das estradas de chão. “Se não houver uma conscientização de que a durabilidade das estradas e rodovias depende e muito da sua correta utilização pelos transportadores fica difícil, mas por determinação do governador Silval Barbosa nós estamos implementando uma série de medidas para minimizar a situação e liberar as rodovias estaduais que se encontram em estado critico.

Ele lembrou que mais de R$ 200 milhões são consumidos todos os anos com a manutenção das rodovias não pavimentadas e estes recursos acabam fazendo falta para as obras de asfalto que são cobradas. “O ideal seria que investimentos fossem feitos a cada ano e maior escala para atender a demanda que sempre está reprimida e a exigir mais e mais recursos”, explicou Cinésio Oliveira que neste esteve ‘in loco’ vendo a situação de várias rodovias estaduais.

O secretário que já trabalha com rodovias desde  a década de 80, pontua que as obras da época como a BR 163 e 364 foram edificadas para veículos pesados de até 30 toneladas, quando hoje os treminhão e bitrens chegam a transportar uma vez e meia mais que isto, o que acarreta os problemas de excesso de buracos, atoleiros e o pior de tudo acidentes. “Temos a real necessidade de investir mais recursos para pavimentação asfáltica, até porque a riqueza do Brasil e de Mato Grosso está baseada no agronegócio que foi responsável por 66% do superávit da Balança Comercial do Brasil que somou U$S 19 bilhões, dois quais U$S 12,9 bilhões vieram do Estado em 2012”, frisou Cinésio Oliveira.

O secretário disse que vai defender junto a Bancada Federal de Mato Grosso a destinação de percentual do superávit em obras estruturantes.

A Gazeta - 16/02/2013

  • Data: 17/07/2014
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