Sindmat cobra investimentos públicos e de concessionárias em rodovias de MT
Tomando com base pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Transportes (CNT) que aponta piora nas condições das rodovias federais e estaduais, o Sindicato das Empresas do Transporte de Cargas no Estado de Mato Grosso (Sindmat) cobra do governos federal e estadual e das concessionárias mais investimento em logística. “Nós, do setor de transporte de cargas, que percorrermos as rodovias de Mato Grosso, confirmamos que o estado das rodovias está precário”, pontua o presidente do Sindmat, Eleus Amorim. Segundo a pesquisa, 71,1% das estradas apresentaram algum tipo de deficiência no pavimento, na sinalização ou na geometria da via contra 61,9% registrados em 2016. O resultado do levantamento da CNT, para Eleus Amorim, comprova no dia a dia. “Seja pelo não cumprimento dos contratos de concessão e o não investimento na recuperação e ampliação das rodovias anunciadas pelo poder público”, observa o presidente. Ele cita como exemplo a BR-163, uma das principais vias de transporte de Mato Grosso. “O serviços que começaram a ser feitos pela concessionária ficaram paralisados em 2016 e 2017. Funcionários foram demitidos e simplesmente pararam todos os canteiros de obra alegando crise”, lembra Eleus Amorim, observando que o Sindmat já havia alerta para o não cumprimento do contrato de concessão e que já está acionando a concessionária na justiça pela terceira vez por conta disto. O presidente observa que não só as condições das estradas prejudicam o transporte rodoviário de cargas em Mato Grosso e em todo o país, mas também a violência. “Enquanto discutimos a péssima qualidade das estradas, enfrentamos outro problema que é o aumento dos roubos de carga”. Segundo Eleus Amorim, esta modalidade de crime aumentou em 42% nos últimos 12 meses, o que representa um prejuízo sem precedentes para o setor. Ele cita uma carga de combustível que custa em media R$ 250 mil. “E o bandido entra pela porta da frente da delegacia e sai pela mesma porta após passar por audiência de custódia”, reclama o presidente. Despesas com manutenção de veículos danificados por causa de estradas em péssimo estado de conservação, reajustes frequentes no preço dos combustíveis são fatores que revelam uma triste realidade. Somente no ano passado foram 55 empresas do transporte rodoviário de cargas que entraram em recuperação judicial e este ano, de acordo com o Sindmat, mais de 30 já encerraram as atividades. Apesar disso tudo, o setor ainda tem conseguido manter o preço do frete, mas o cenário é preocupante. “Alguém está ganhando com isso”, observa Eleus Amorim, alertando para um possível apagão logístico. Hoje existem 2 mil veículos parados a espera de carga para ser transportada”, finaliza. Buscando apoio Para enfrentar todos estes problemas o Sindmat tem feito gestões junto aos governos estadual e federal, à Agência Nacional de Transportes (ANTT) e também buscado apoio político. Na última semana, diretores do sindicato se reuniram com o senador José Medeiros (Podemos) e entregaram a ele as principais demandas do setor.
  • Data: 16/11/2017
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