Transportadores pedem lombadas e sinalização em trecho perigoso

Pista sinuosa, declive acentuado, pouca sinalização e ausência de lombada. Essas características deixam o km 349, na BR 364, perto da Serra de São Vicente, a 50 quilômetros de Cuiabá, extremamente perigoso. No local é possível encontrar destroços de diversos acidentes, sendo que muitos deles culminaram na morte de motoristas e usuários da rodovia. Ainda é preciso considerar a imprudência de motoristas que fazem a descida em alta velocidade ou com seus veículos sem manutenção adequada.

Todos esses riscos foram analisados in loco, neste dia 7 de julho, por 14 transportadores, técnicos da Concessionária Rota do Oeste e Polícia Rodoviária Federal. A manutenção do trecho está a cargo do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte) que não enviou representante para a inspeção.

Diretores do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas (Sindmat) também estiveram no local para discutir medidas com vistas a reduzir os acidentes. Segundo o chefe da 1º Delegacia da Polícia Rodoviária Federal, Emílio Fernandez, as ocorrências são freqüentes no trecho. Somente neste ano de 2016, já aconteceram 24 acidentes com dois mortos e seis feridos gravemente. Em 2015, foram 26 acidentes com 6 vítimas fatais e 7 feridos gravemente. Os dados são da PRF.

Os transportadores e a Rota do Oeste se uniram para cobrar providências do Dnit. Até o final da próxima semana, a concessionária irá formatar um projeto básico. “Essa proposta terá como base o que foi realizado em outras serras sob nossa responsabilidade. Precisamos atuar também com ações de conscientização dos motoristas”, afirmou Mauro Swarcgun, gerente de tráfego da Rota do Oeste.

O projeto a ser entregue ao Dnit conterá indicações de placas de sinalização e de alertas, sugestão para implantação de lombada eletrônica e para implantação de área de escape com caixa de brita no local. “Além disso, nós, transportadores, também cobraremos do órgão federal a execução do plano de manutenção das margens da rodovia. Nossa ideia é a inibição da velocidade, alertando para a dificuldade de trafegar nessa pista sinuosa e ainda localizada em descida. Não podemos ver mortes que poderiam ser evitadas acontecerem desta maneira”, explicou Eleus Vieira de Amorim, presidente do Sindmat.

Simone Alves Ass. de Comunicação

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  • Data: 08/07/2016
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