O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso (Sindmat) promoveu neste dia 25 de junho, o “Seminário sobre o Combate ao Roubos de Cargas no Estado de Mato Grosso”, no auditório do Sest-Senat, em Cuiabá.

Eleus Vieira de Amorim, presidente do Sindicato, agradeceu a presença dos participantes e disse que conta com a ajuda das empresas parceiras e da segurança pública para reduzir os números elevados de roubos e cargas. “Estamos em busca de ideias que transformem-se em solução para o transportador”.

O presidente do Sindmat apresentou dados de roubos feita pela da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso e Secretaria Adjunta de Inteligência. Segundo o levantamento, em 2012 ouve 22 roubos de cargas, em 2013 foram 17 e em 2014 alcançou 50. Em relação a furto de carga, em 2013 foram 47 em 2012, 44 em 2013 e 50 em 2014. Em 2014, iniciou-se o registro de saques de carga - 88 vezes.

Projetos

O coordenador do Centro Integrado de Comando e Controle da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, coronel Joelson Sampaio, disse que compreende e reconhece o problema de roubos de cargas. “É sério e precisa de ações em que a secretaria deve agir para combater o crime”. Porém, Sampaio foi taxativo e disse que atual pasta enfrenta grandes dificuldades, pois o governo anterior deixou problemas que estão sendo resolvidos. Ele disse também que para o segundo semestre deste ano há projetos a ser colocados em prática, entre eles, a unidade integrada que de acordo com o coronel, será instalado no Distrito Industrial devido ao grande fluxo de caminhões que se deslocam para as rodovias. Nesta unidade integrada haverá uma unidade de Bombeiros e outra da Polícia Militar.

Sistema

O superintendente de polícia Rodoviária Federal, Arthur Nogueira, disse que “a violência não se resolve somente com a polícia”. Essa declaração levantou pontos polêmicos em relação a legislação brasileira. “A polícia faz o trabalho de prender, mas a lei solta, aí fica complicado. O sistema é falho. Falta motivação aos policiais”. O inspetor destacou que neste ano, até a data do evento, foram recuperados 142 carros e que está sendo investido 20 milhões de reais para o Sistema de rádio para comunicação da PRF.

Pamcary

Representando a empresa de seguros Pamcary, o coronel Joffre Coeolho Chagas, apresentou um estudo realizado a nível nacional, pela NTC, sobre roubos de cargas. Segundo o estudo, de 2009 para cá, os números de roubos aumentaram. Em 2009 foram 13.350. Em 2010, teve uma queda, e o número ficou em 12.300 roubos. Em 2011, voltou a subir e chegou a 13.000. Em 2012, foram 14.400. Em 2013, foram 15.200 e 2014 os números chegaram a 17.500.

Analisando as regiões, a sudeste domina o ranking chegando a 85,31%. Em seguida vem a região nordeste com 6,56%. O sul registrou 4,87%, a região Centro-Oeste ficou com 2,11% e o Norte com 1,15%.

O estudo também mostrou os produtos mais visados. Os alimentos ficam em primeiro lugar, seguido de cigarros e eletrônicos, porém, este último item é o de maior valor.

De janeiro a maio de 2015, foram totalizadas 12 ocorrências de roubos de cargas, ou seja, mais de 1 milhão de reais de prejuízos. No mesmo período do ano passado foram registrados 53.

Outros pontos divulgados pela pesquisa, são os dias da semana e os horários que os roubos acontecem. Sexta-feira foi o dia mais citado, seguido da terça-feira, depois o sábado, quarta-feira, quinta-feira, segunda-feira e por último, o domingo. A noite é o horário mais usados para os roubos com 32%. No período da tarde, 26%, de madrugada, 22% e de manhã, 20%.

O estudo destaca o roubo de carga na região centro oeste. Em 2014 em Mato Grosso foram 53 roubos e 12 em 2015 (o ano não acabou). Mato Grosso do Sul registrou 8 em 2014 e 2 neste ano. Goiânia teve 68 ano passado e em 2015, 37.

A violência gera problemas e danos de patrimônio humano como mortes, agressões, ameaças, sequelas físicas e psicológicas e também danos de patrimônio econômico como aumento dos preços dos seguros, falências de empresas, evasão de receitas e aumento dos produtos.

As medidas para a redução dos problemas são os aprimoramentos das leis, estruturas em sistema integrado de enfrentamento, priorizando o combate a receptação.

Segundo o estudo, em Mato Grosso, as cidades que mais acontecem esse tipo de roubo são: Sinop, Vera, Sorriso, Nova Mutum, Paranatinga, Barra do Garças, Sapezal, Comodoro, General Carneiro, Jaciara, Rondonópolis e Pedra Preta.

Rota do Oeste

Fabio Abritta, representante da Rota do Oeste, concessionária responsável duplicação e manutenção da BR 163 entre Rondonópolis a Sinop, apresentou os trabalhos que estão sendo executados para ajudar nas melhorias das estradas e também para a segurança.

Segundo Abritta, haverá um Sistema Inteligente de Transporte que será aplicado no trecho administrado pela Rota do Oeste, através do Sistema de Monitoramento de Tráfego, com a implantação da fibra óptica. “Atualmente está instalado em 400 quilômetros, a expectativa é que até o final do ano esteja aplicado em toda a BR”.

Ele ainda destacou que a fibra óptica faz com que a comunicação na rodovia seja em tempo real assim, facilitará o atendimento, a segurança e o auxílio no que for preciso. Também destacou a instalação de câmeras. Serão 499 equipamentos nos trechos de responsabilidade da Rota do Oeste.

Zatix

A Zatix, representado por Fabio Barbosa, apresentou o equipamento Omnilink que é um rastreador de cargas que tem como desafio na área de logística, reduzir roubos e perdas de produtos.

A Omnilink é uma ferramenta de gestão de risco de mercado, que permite o monitoramento de veículos pelo próprio cliente, elevando a segurança, controle e automação para cargas de alto valor. Inclui a Telemetria Omnilink com foco em redução de custos operacionais.

Ass. de Comunicação do Sindmat

• Data: 26/06/2015
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