Custo do frete em MT deve subir 3,5% após alta do diesel, diz |Sindmat

Impacto no frete resulta também de aumento feito pelo governo do estado.

Após o anúncio da Petrobras de aumento do preço do diesel nas refinarias em 5%, o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Mato Grosso (Sindmat) prevê uma elevação de pelo menos 3,5% no custo do frete, variação que deve impactar no preço de produtos transportados para o estado.

Em Cuiabá, o aumento já chegou às bombas. Em postos da capital, o diesel comum estava sendo vendido por preços entre R$ 2,63 e R$ 2,69 antes do aumento. Nesta segunda-feira (10), os postos de combustíveis já praticam preços até R$ 2,79.

De acordo com o presidente do Sindmat, Eleus Vieira de Amorim, a estimativa de 3,5% a mais no custo do frete foi calculada considerando a elevação do preço do diesel anunciada pela Petrobras e também a elevação praticada em Mato Grosso no preço do mesmo combustível.

O sindicalista lembrou que no dia 1° de novembro o próprio governo do estado estabeleceu aumento de 1,29% no preço do diesel por determinação da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), com base na meta de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

O aumento estadual foi calculado a partir de pesquisa de preços no mercado de todas as regiões do estado e, assim como o anunciado pela Petrobras na última semana, também deve ser imediatamente repassado ao consumidor final, segundo Amorim.

O presidente, entretanto, aponta que este tipo de repasse deve ocorrer de maneira mais imediata apenas no setor de transporte de carga fracionada. No ramo do transporte de carga de combustíveis, de cargas frigorificadas ou de cargas a granel, o impacto deve demorar mais a se refletir no preço final do frete e dos produtos porque o setor está em queda, previu Amorim.

“Nos setores de carga completa e grandes volumes os grandes embarcadores não aceitam repasse de qualquer custo sem negociação antes”, explicou.

Ele ponderou, entretanto, o impacto dos aumentos do preço do diesel, afirmando que atualmente o setor de transportes vive uma situação ainda mais onerosa: o roubo de cargas.

“Isso tem tomado uma proporção assustadora e impacta muito no custo. As seguradoras têm feito apólices com valores de 20% a 30% mais caros para transportadoras de Mato Grosso. Além disso, as empresas também têm que comprar os equipamentos para segurança e tudo isso gera um impacto muito maior”.

G1

     
  • Data: 11/11/2014
  • Autor: - Fonte: