País registra mais de 18 mil casos de roubos de cargas em rodovias
Levantamento anual da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) mostra que, em 2019, o Brasil registrou 18.382 ocorrências de roubos de cargas. O relatório, divulgado desde 1998, tem como base informações colhidas em fontes formais e informais. O número de 2019 mostra uma queda de 17% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 22.183 casos. No entanto, o cenário ainda é preocupante. Os prejuízos computados ao setor somam R$ 1,4 bilhão. “A pesquisa continua apontando uma considerável redução se comparada ao ano de 2018, mas estamos falando de milhares de roubos em todo o Brasil e precisamos continuar trabalhando para que esses crimes não aconteçam mais”, afirma o presidente da NTC, Francisco Pelucio. De acordo com ele, a redução tem muito a ver com o investimento alto das empresas em tecnologias e medidas de segurança em suas operações, o que possibilita uma resposta muito mais rápida e ativa em relação às tentativas de delito, e, também, com o trabalho dos órgãos de segurança pública nas esferas estadual e federal, que têm atuado com mais rigor no combate aos delitos de roubos de carga. “Os números de roubos de cargas no país, embora estejam caindo, ainda são inaceitáveis. Os roubos ocorrem porque os receptadores, que compram as cargas roubadas e incentivam o crime, estão impunes por conta de uma legislação arcaica. Temos, urgentemente, que agravar as penalidades para esse delito, tanto a pena para a pessoa do receptador como para o seu estabelecimento, que deverá ter a licença de funcionamento cassada”, comenta o vice-presidente para assuntos de segurança da NTC&Logística, Roberto Mira. A região Sudeste continua sendo a mais afetada, arcando com 84,26% das ocorrências. Em seguida, aparecem as regiões Sul, com 6,52%; Nordeste, com 6,29%; Centro-Oeste, 1,69%; e, por último, a região Norte, com 1,24%. Entre os produtos mais visados, estão os gêneros alimentícios, cigarros, eletroeletrônicos, combustíveis, bebidas, artigos farmacêuticos, autopeças, defensivos agrícolas e têxteis e confecções. Confira aqui a íntegra da pesquisa. Fonte: CNT
  • Data: 21/05/2020
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