Logística no Brasil preocupa agricultor e exportador de soja no início da colheita
Conforme os produtores de soja brasileiros começam a colheita, os problemas em uma estrada que liga a principal região agrícola do país aos portos do norte fornecem novas evidências de que o maior exportador mundial da oleaginosa está longe de resolver seus gargalos logísticos.
Nos últimos dias, caminhoneiros transportando soja publicaram inúmeros vídeos, incluindo filmagens de drones, nas redes sociais mostrando que não conseguiram avançar em um trecho não pavimentado da rodovia federal BR-163, no Pará.
A área mais afetada foi em torno do distrito de Moraes Almeida, da cidade de Novo Progresso, onde o tráfego foi interrompido por cerca de 60 quilômetros, disse à Reuters o vice-prefeito Gelson Dill.
Sergio Mendes, diretor-geral da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec), disse que problemas na BR-163 impactam a imagem do Brasil como um exportador de soja confiável.
Os dados da Anec mostram que um volume de 6,3 milhões de toneladas, ou 9 por cento da soja exportada no Brasil, foi enviado pelos portos de Santarém e Barcarena, na região norte, em 2017.
A BR-163 é a principal ligação entre as áreas de soja do Mato Grosso e os portos fluviais do norte. No ano passado, o governo destacou o Exército para pavimentar um trecho de 65 km, mas o trabalho provavelmente não será concluído em breve, disse Dill.
  • Data: 12/02/2018
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