"Chip DNA" produzido promete combater roubo de cargas

Um chip desenvolvido por um instituto de tecnologia avançada de Campinas (SP) promete combater fraudes e roubo de carga. O dispositivo, que funciona como um "DNA" eletrônico do produto, faz o rastreamento das mercadorias transportadas e dá mais segurança para as empresas.

A tecnologia foi desenvolvida no Instituto Wernher Von Braun após sete anos de pesquisa e um custo de R$ 50 milhões. O equipamento é feito de grão de areia, tem 1 milímetro quadrado e a largura de um fio de cabelo. Ele funciona por radiofrequência e tem programação criptografada, que gera em tempo real a localização do produto, desde as etapas de produção até a entrega ao consumidor.

Funcionamento O dispositivo, que dispensa bateria, quando inserido nas placas de circuito eletrônico como as de celulares e aparelhos de TV vira o "DNA" da mercadoria.

Se a carga for roubada, os ladrões não poderão vender os itens levados porque a mercadoria estará bloqueada e para destravá-la, só com os códigos de segurança de fábrica. Também não adianta retirar o chip, já que sem ele o produto não vai funcionar.

Segundo o gerente do projeto, Arthur Oliveira, o chip é uma espécie de computador. "Ele processa as informações que recebe, trabalha as informações e devolve a resposta para o leitor", explica.

De acordo com Dario Sassi Thober, diretor do centro de pesquisa, é impossível fraudar o chip. "Não tem como fraudar. Tá virando uma norma internacional usar esse tipo de criptografia para dispositivos sem bateria", explica.

Fiscalização Outra vantagem do chip é que o transporte de cargas também fica mais ágil. Para fiscalizar a mercadoria, não é preciso mais conferir notas fiscais e produtos.

O caminhão carregado passa por sensores, semelhantes ao do sistema de cobrança eletrônica dos pedágios. "Além de agilizar no transporte, a parte de segurança dos produtos eletrônicos tende a aumentar sensivelmente", afirma Osvaldo Missio Junior, especialista em segurança.

Fraudes O dispositivo também pode ser utilizado para evitar fraudes, já que ele contém as informações da nota fiscal do produto, o que aumenta o controle sobre a mercadoria.

"Muitas empresas diziam que isso era impossível de ser feito, mas está aí para provar, já está no mercado. Tecnologia totalmente nacional", finaliza Thober.

  • Data: 04/11/2015
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